na natureza selvagem

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Saudade...

Sai na rua e vi,
agua cair tentando virar rio,
olhei um cachorro molhado ele sorriu,
como quem queria carinho.
sentei na calçada pensei na vida, em coisas distintas do meu ser,

Lembrei dos amigos que aqui não estão,
mais levo-os no coração isso é certo.
Vendo o pobre cachorro ao lado sentado,
pensei o que há de errado com o mundo?
Por que alguém que não te conhece,
na chuva passa por ti correndo,
e um pobre cachorro no seu silencio
conforta mais que muita gente.

Pensei nas recompensas que a vida dá,
a terra não deixa nada barato,
o troco é mais caro que o pão.
Parou de chover, não, não teve arco-ires.
não foi magia, o cachorro se sacudiu
me olhou como quem da adeus e partiu.

Todo homem tem seu preço?
pois saiba que aqui é o lugar do troco,
não há quem deixe de pisar o chão da terra,
sem antes se entender com ela.
E eu espero seu rosto na esquina.

Saudade de sampa,
da agonia não ver paredes pintadas,
tenho saudade até do barulho da buzina,
as 6 horas da tarde em meio a multidão e fumaça.

Quero voltar de trem em pé,
jogando baralho com gente que nunca vi,
me apaixonar por um rosto que me sorriu,
e sumiu na multidão.
quero comemorar por nada,

beber pra comemorar,
beber pra aliviar a dor,
beber sem ter motivos,
beber pra ter motivos pra beber.

Vago nas lembranças da beleza,
minha expressão e de historia e recomeço,
não se preocupe comigo.
estou indo embora.
e a respeito do titulo do blog.
deixo a inspiração...



"Gardênias e hortências
não façam nada
que me lembre
que a este mundo eu pertença
deixem-me pensar
que tudo não passa
de uma terrivél coincidência"


Paulo Leminski

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