na natureza selvagem

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Escrevo, logo, sou.

Sempre que me perguntão quais sãos minhas referencias ao escrever,
digo que transcrevo que sou, em papeis, em desenhos,
quando preparo meu café, quando acordo de manhã,
ou até mesmo quando sonho acordado,
procuro não ter amores,
e tão bom o começo, mais o constante e o preocupante,
me perco quando me acho em algum amor,
hoje em dia não sei amar,
mais ainda procuro amor.

As vezes os dias são longos,
as vezes rápidos demais,
depende com quem estou,
no fim do dia,
sempre escrevo oque passou,
não em diários, mais em memorias,
planejo meu dia seguinte com a cabeça
no meu portal de sonhos (travesseiro)

Vejo filmes tomo mais café,
rabisco a parede,
só pra ideia chegar,
e quando ela chega,
ofereço uma taça de vinho,
um pouco de conversa,
ligo um blues antigo,
levo-a pra cama.
e na manhã seguinte...

acordo sem ela,
porem, isso me da inspiração
para a noite tentar ter ideias.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Chegada

Voltei pras minhas coisinhas,
pisei em sampa e na sincera,
o ar pesado e poluído,
pela primeira vez tiro de mim sorrisos.

Quando cheguei enfrente ao portão,
meu cachorro me sorriu latindo,
minhas coisas coloquei no chão,
senhora minha mãe, me esperava com o coração na mão,

fui ver alguns amigos
os que saudades tanto me deixaram,
voltei agora a noite,
sem muito oque dizer.

resolvi por entre linhas,
tentar transcrever,
aquilo que sinto no momento,
e um aperto Tao forte no peito.

enfim.
sorri.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sonhei ser Coronel

Peço licença pra desfiar o rosário de minha historia,
vou começar pelos introdutorios passar os entre tantos,
e terminarei nos concluídos.

Ninguém era sabedor do meu destino empestiado,
quando vi no meu caminho, espinhos e rosarios,
vivo de sozinho no mundo, esperando o grande amor,
que por sinal,
ainda não chegou. Falo dela assim,
como quem elogia as belezas da natureza,

por que se falo menos, diminuo sua grandeza,
toda vez que me refiro a ela, meu coração entra em desgoverno,
em cambalhota de bater forte na parede do meu peito.

Por ela não me declaro pois nem poderia,

sabendo que seda não sei rasgar em conversa de menina.
sempre que a pronuncio, fico todo sem jeito,

e vistosa
trás flor no cabelo, e debaixo da magia sorrisos e momentos.

Agora falarei de mim,
que no meu conto de magia
vivo a fantasia de um charmoso coronel,
que por ordem do destino tem voz grossa e usa chapel,
assim como meu pai, que me herdou tal condição.
sou batizado pelas águas que agraciam meu sertão,
dos frutos da minha terra, como com vontade,
seja maças,
pêras, e também outras beldades.

Da minha terra jamais eu sairei,
pois se que mundo a fora não tem tal tratamento de rei.
la não sou ninguém, aqui sou coronel,
que ordena por toda vida os rebanhos e o canhão,
tenho punho forte pra mediar o meu sertão,
na minha crença levo sempre a adoração,
ao meu
Deus que la de cima, cuida do pasto de toda região.

E quando passo de cavalo pelas terras do mundo a fora,

se ouve os susurros do povo que sabe do meu rumo:

"la se vai o Coronel, de sela e chapel,
na sua montaria de desatar,

exercito do mal e qual quer assombraria,
que são
Jorge e os outros santos,
o ilumine nessa sua partida,
que ele volte outra vez de cabeça erguida"


Ai acordo e vou pro dia,
antes de
planejar a minha noite,
pra poder voltar ao sonho, e rasgar mais horizontes

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

"Happiness only real when shared" McCandless


Na minha galera tem uns loucos
que vivem a se chapar,
as pessoas que aqui se chapam,
não chapeiam como la.

Vim aqui pra lhe contar,
que meus amigos de coração,
são mais amigos do que cá,
a saudade que me bate,
é difícil explicar.

A amizade que trago em meu peito
não posso nem se quer contar,
faltaram dedos antes que eu termine de falar,
eu sei que as pessoas que carrego dentro dele,
sempre estariam lá.

por que na minha galera sim.
Tem amigos com quem posso contar,
as pessoas que lá estão,
saudades deixam cá.

na minha humilde mochila,
historias irei levar,
de pessoas que com dor,
eu deixei por la.

Mais tudo tem seu preço,
e não permita Deus que eu morra
sem que antes volte para lá.

E outra vez oh Deus eu possa reclamar,
que o frio daqui e forte sem a amizade pra esquentar,
que o sol daqui e quente sem minha cerveja no bar,
que os amigos que aqui tenho,
também irei levar.

Não permita Deus que eu morra
sem que eu volte para la
E minha felicidade
eu possa partilhar.



Flor de sol, sol de Liz

Me preparei,
peguei café e biscoitos,
vou escrever sobre alguém que quero o bem,
estralei os dedos e sorri.

O nome dela é Liz,
não por conhecidencia lembra giz.
de cor de pintar,
giz de quem ensina e trás em si sina de brincar

Lembro de conversas malucas,
de rimas e afetos,
onde pronuncia o manifesto da arte,
ainda sairemos pela cidade pintando tudo de aquarela,
deixando o cinza pra trás e pintando tudo de azul-lilás.

Basta imaginar, quem sabe sonhar e sorrir,
sem nem ao menos dormir,
pra que dormir? o mundo é aqui.
o legal é ver as pessoas reagir.

Nascida no dia do sol,
não saberia explicar,
te conheço a tão pouco tempo
mais sem dúvida e feita de luz,
e conduz quem a segue.

Duvido que até o mais ranzinza e bruto,
não cai na sua arapuca de risada,
menina levada.
criança má educada não quer saber de mesmisse.
só de brincar e sentir o bem que o mundo dá.

Vou te esperar passar na minha esquina
só pra ver você sorrir mais uma vez,
outra vez menina faceira. arteira.
guerreira da beleza, gueixa

daqui da onde estou tão longe,
te levarei, um pedaço de chão,
um pedaço de céu, um sorriso de velho,
sotaque e malícia.

e pra não deixar faltar,
te levarei aquele sorriso que só a nós tem o valor.
Flor de Liz.


Saudade...

Sai na rua e vi,
agua cair tentando virar rio,
olhei um cachorro molhado ele sorriu,
como quem queria carinho.
sentei na calçada pensei na vida, em coisas distintas do meu ser,

Lembrei dos amigos que aqui não estão,
mais levo-os no coração isso é certo.
Vendo o pobre cachorro ao lado sentado,
pensei o que há de errado com o mundo?
Por que alguém que não te conhece,
na chuva passa por ti correndo,
e um pobre cachorro no seu silencio
conforta mais que muita gente.

Pensei nas recompensas que a vida dá,
a terra não deixa nada barato,
o troco é mais caro que o pão.
Parou de chover, não, não teve arco-ires.
não foi magia, o cachorro se sacudiu
me olhou como quem da adeus e partiu.

Todo homem tem seu preço?
pois saiba que aqui é o lugar do troco,
não há quem deixe de pisar o chão da terra,
sem antes se entender com ela.
E eu espero seu rosto na esquina.

Saudade de sampa,
da agonia não ver paredes pintadas,
tenho saudade até do barulho da buzina,
as 6 horas da tarde em meio a multidão e fumaça.

Quero voltar de trem em pé,
jogando baralho com gente que nunca vi,
me apaixonar por um rosto que me sorriu,
e sumiu na multidão.
quero comemorar por nada,

beber pra comemorar,
beber pra aliviar a dor,
beber sem ter motivos,
beber pra ter motivos pra beber.

Vago nas lembranças da beleza,
minha expressão e de historia e recomeço,
não se preocupe comigo.
estou indo embora.
e a respeito do titulo do blog.
deixo a inspiração...



"Gardênias e hortências
não façam nada
que me lembre
que a este mundo eu pertença
deixem-me pensar
que tudo não passa
de uma terrivél coincidência"


Paulo Leminski