na natureza selvagem

terça-feira, 27 de julho de 2010

Você vale cada anel de saturno.

"Queria olhar no seu olho,
com toda expressão que alguem precisa,
ter certeza manja? das cosias da vida
saber que no dia seguinte vo ta ali,
com o saco de pão numa mão na outra
a bolsa com ração dos cachorro amarrotada,
junto as flores que trouxe com o resto da grana de casa,
so pra te mostrar o quanto te amo, poder sentir seu perfume,
na noite calada, deslizando os dedos com a luz baixa,
com calma com calma nosso ritmo se encaixa, vira só um."

domingo, 4 de julho de 2010

Cronicas de um grafiteiro noturno #2

Achava eu que se tratava de
mais um role comum,
desconhecidos cachaça e sorrisos sortidos,
Quando vi debaixo daquela neblina, o morro virar alegria, tinha tantos amigos antigos, prosas lembradas, e ganja a vontade pra toda a criançada,
estava com o CASTOR, e na madrugada meu amigo, ninguém é tão suspeito quanto nós.
tinha la, Noias, Pixadores, amigos, sortidos e grafiteiros,
vinha gente até de dentro dos bueiros,
tantos amigos em comum, tanta coisa boa pra lembrar,
e na madrugada, comemoramos, o simples fato de estar de pé!
por que o sistema dizia o contrario sobre cada um.
somos como um erro, que persiste em fazer o certo, e incomodar os homens da lei.

Cronicas de um grafiteiro noturno #1


Saio na rua, na noite escura,
vejo paredes pintadas, iluminadas pela luz da lua,
sujas de cinza, como o olhar daquela criança que me viu subir no muro, deixar minha marca, não sabia se era medo ou esperança oque ela portava,
sei que aqueles olhos sombrios que de longe me vigiava, me atordoava os pensamentos.

em um piscar de luzes, o barulho do vento,
ela não estava mais ali,
vi o mendigo deitado, um pobre coitado,
mais um desafortunados que o pais pariu, morrendo de frio, se afogando em cachaça,
deixando bem claro, que a maldita vida o desgraçava.

pra ele é santa cachaça, era um anjo, que traçava seu caminho errante.
cada gole uma vaga lembrança, de um passado sem volta

Eu vigiava o mundo a minha volta, que girava e girava com a mais doce revolta dos filhos da rua, dos órfãos da pátria, em cima do muro a tinta acabou, e apagou-se a luz da lua, nasceu naquele céu cinza, outro sol de esperança, outro dia de vida.