na natureza selvagem

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sabor de fruta mordida

Os dois olhos brilhosos, como as jabuticabas maduras,
a pele tão liza tão pura, quando o toque do pêssego e a suavidade da uva,
o beijo docinho, como a fruta do pinho, deixava saudade,
das coisas amáveis que eu deixarei por aqui,
sorri, sozinho, na minhoca que liga as praças e avenida das das coisas daqui,
sorri, sozinho, sorri,
pensei em versos miúdos, daquele sorriso carnudo, que mais parecia pra mim,
um grande e feitoso pedaço de pêra maça, de manhã uma surpresa gostosa,
fez prolongar o dia todo, o sabor e a prosa,
gosto de fruta mordida, diria o poeta, e amor de menina,
cada beijo frutuoso, de se lambuzar de gostoso,
assim foi dormir, com uma vontade daquela salada de fruta,
que é tão doce tão bruta,
mais antes de parar por aqui,
de travessura vou ali fazer abacaxi.

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