na natureza selvagem

domingo, 10 de junho de 2012

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cotidiano

ora de foco desfoca o importante
poeta rimante, amante do bem,
anda sem fé no sufoco, escreve as linhas no trem,
o trilho desloca, o trem se embolota nas idéias do já!

Estação vem, vem sé, vem belém,
acaba inspiração folha ainda tem,
revolta do homem do sábio menino,
do céu faz rabisco e do chão aventura,
imagina linha por linha, os mapas das ruas,
conhece cada esquina como corpo de menina levada e tal,
Conhece as ruas do bairro da zona e da capital.
*Muda o foco pensa na mina,
deusa rainha que está no lar,
vem dia passa noite, ouve no radio musica popular
conhece a pequena numa noite serena bebendo no bar,
chama pra sair, sonhecer divertir, mais pra frente casar

*Troca de rumo soturno passarinho que insiste cantar,
faz zumzum ali faz zum zum aqui e tambem acolá.
leva palha pro ninho, aquecendo o filho que está a chorar,
pia pia faz barulho, pia molha loça seca e volta a sonhar

esquece tornera aberta, a cozinha encharca e mãe vai brigar
a conta ja veio absurdo a pagar, pelo sonho da menina que insiste em sonhar.
chega em casa pai reclama, mãe acalma com café a coar.

das historia acima e cotidiano que se tem a contar
do amor do vandalo a menina do lar.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cronicas de um graffiteiro noturno #3

viajo entre palavras e teoremas
quando minhas tintas viram cobras peçonhentas,
destruindo tudo que o mal insiste em criar
são como dragões a voar, de uma prisão comprimida
onde estico suas escamas floridas, o fogo do laranja
queima o amarelo, o verde transcreve entre os ventos dispersos
tomando forma e atingindo os sentidos, já nos últimos espirros da lata,
amasso. esperando resto de vida, aproveitando cada pingo em cada batida
sinto fluir o fim, dentro dela pra fora de mim, as ideias não param
a tinta acabou, rasgo a carne, pra pintar de vermelho o amor,
me deparo a um espelho quebrado ao chão, são como pétalas de rosa escorrendo pelas mãos
um cachorro me observa, enxerga oque o homem não vê, ele não vê cores, mais pode prever,
que o fim dessa será um canil de imaginação, assim que termino o dragão, ele uiva provando pra noite escura
que a vida não e nula ali, como um agradecimento, sorri...

Meu novo amigo me segue, me protegendo de todo o mal, aliado sem igual
como um indio racional que espera pelo fim, sabe que ele o encontrará mais mesmo assim
vai de peito aberto, sabendo que o destino e mais esperto, não dá pra fugir
antes aceitar e partir, que viver sem sentido na vida

o cachorro uivou outra vez como quem sabe que está pra acontecer,
chama minha atenção no meio do breu da madruga olhos sombrios vindo em minha direcção,
na sombra da parede, o cachorro tem assas como um arcanjo, sempre soube que todo cão é um anjo
protetor dos mendigos e homens vazios, os anjos guiam, sendo a única família que o homem já possuiu,
aqueles olhos, se aproximam mais, eu assustado dou dois passos pra trás e ele avança no escuro
vejo aquilo como um absurdo, um mal conhecido meu, sumiu no breu da escuridão
derrepente um clarão, nos olhos do amigo eu vi o calor do dragão que acabei de desenhar,
seu pelo como escamas de fogo brilhar,
senti a presença de algo tão bom, e fui caminhando sentido a uma única direcção.

Acordei na estação de trem, grato aquele cão
mais uma historia, dos grafites da minha imaginação.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Satisfação, confiança

descobrindo em cada olhar uma maneira nova de encarar, a vida,
que por esses lados de terra anda um pouco corrida,
criando expectativas e esperanças diárias, pois a prendi que o que resta,
eo que eu vou levar não poço criar magoas a quem jurei amar,

lembrando sempre daquele amor real, pra quem jurei toda minha vida,
que durou duas semanas e algumas horas sofridas, haha, não é sempre assim?
e eterno até que dure, e quando termina e uma eternidade,
aquela tarde que nunca passou sem você, aquelas que eu desejei morrer sem
saber, que a vida continua e cada rasteira que ela me da, se eu não me cuidar levo mais duas,

mais hoje é tão fácil acreditar no futuro, aprendi que seu sorriso sincero pra mim,
vale tudo, como aqueles sambas antigo, acreditando que eles são pra mim um abrigo,
escapo da dor, de não te ter o tempo todo, mais vejo a flor que eu deixei de arrancar no jardim,
ela era sua, agora ficou guardada em mim, sendo assim, acredito somente

tive varias sensações de eternidade, mais vi que os verdadeiros sorrisos continuam de verdade,
e esse amor que esperava nunca foi necessário, lembro das saídas da escola, de dias de aniversário,
pelo quão briguei por amores desnecessários.

pra não dizer que não fui feliz, existem pessoas que levo em mim,
quando te conheci, eu era meio bicão, entre dois corações, descobri 1 paixão
você tava tão confusa, sem saber oque queria, e eu invés de te ajudar,
te complicava dia-a-dia, e sem saber isso também me atingia,
mais tudo bem passou, oque restou pra mim foi a lembrança de um amor,
´
esse e só mais um dos casos que me fizeram lembrar, que eu não posso deixar,
que sorrisos tão bons se percam na imensidade do azul.
e brigado por ainda sorrir por mim

terça-feira, 27 de julho de 2010

Você vale cada anel de saturno.

"Queria olhar no seu olho,
com toda expressão que alguem precisa,
ter certeza manja? das cosias da vida
saber que no dia seguinte vo ta ali,
com o saco de pão numa mão na outra
a bolsa com ração dos cachorro amarrotada,
junto as flores que trouxe com o resto da grana de casa,
so pra te mostrar o quanto te amo, poder sentir seu perfume,
na noite calada, deslizando os dedos com a luz baixa,
com calma com calma nosso ritmo se encaixa, vira só um."

domingo, 4 de julho de 2010

Cronicas de um grafiteiro noturno #2

Achava eu que se tratava de
mais um role comum,
desconhecidos cachaça e sorrisos sortidos,
Quando vi debaixo daquela neblina, o morro virar alegria, tinha tantos amigos antigos, prosas lembradas, e ganja a vontade pra toda a criançada,
estava com o CASTOR, e na madrugada meu amigo, ninguém é tão suspeito quanto nós.
tinha la, Noias, Pixadores, amigos, sortidos e grafiteiros,
vinha gente até de dentro dos bueiros,
tantos amigos em comum, tanta coisa boa pra lembrar,
e na madrugada, comemoramos, o simples fato de estar de pé!
por que o sistema dizia o contrario sobre cada um.
somos como um erro, que persiste em fazer o certo, e incomodar os homens da lei.

Cronicas de um grafiteiro noturno #1


Saio na rua, na noite escura,
vejo paredes pintadas, iluminadas pela luz da lua,
sujas de cinza, como o olhar daquela criança que me viu subir no muro, deixar minha marca, não sabia se era medo ou esperança oque ela portava,
sei que aqueles olhos sombrios que de longe me vigiava, me atordoava os pensamentos.

em um piscar de luzes, o barulho do vento,
ela não estava mais ali,
vi o mendigo deitado, um pobre coitado,
mais um desafortunados que o pais pariu, morrendo de frio, se afogando em cachaça,
deixando bem claro, que a maldita vida o desgraçava.

pra ele é santa cachaça, era um anjo, que traçava seu caminho errante.
cada gole uma vaga lembrança, de um passado sem volta

Eu vigiava o mundo a minha volta, que girava e girava com a mais doce revolta dos filhos da rua, dos órfãos da pátria, em cima do muro a tinta acabou, e apagou-se a luz da lua, nasceu naquele céu cinza, outro sol de esperança, outro dia de vida.